Mulher é suspeita de encomendar a morte do marido e depois registrar desaparecimento dele no Paraná, segundo a polícia

  • 30/04/2025
(Foto: Reprodução)
Para a Polícia Civil, roupas do homem encontradas em uma cova rasa confirmam suspeita de um caso de homicídio seguido de ocultação de cadáver. Desaparecimento de Edmar Rodrigues foi registrado em janeiro deste ano, em Marialva. Delegado fala sobre investigação do desaparecimento de agricultor no PR Uma mulher está sendo investigada por encomendar a morte do marido e depois registrar o desaparecimento dele, em Marialva, no norte do Paraná. Para a Polícia Civil (PC-PR), roupas dele que foram encontradas em uma cova rasa no último domingo (27) confirmaram a suspeita de um caso de homicídio seguido de ocultação de cadáver. O corpo dele ainda não foi encontrado. O registro do desaparecimento do agricultor Edmar Rodrigues foi feito no dia 3 de janeiro deste ano. No decorrer das investigações, a polícia suspeitou da esposa dele, Fatima da Silva, e de um casal de ex-caseiros da propriedade dele, Vagner Juliano Calixto Maria e Juliana Aparecida de Souza. Os três foram presos temporariamente em março e seguem presos até o momento. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram As informações são do delegado responsável pelo caso, Aldair de Oliveira. Ele contou que um shorts e uma cueca, que eram usadas por Edmar quando ele desapareceu, foram encontradas em uma área de mata, após uma varredura da Polícia Cientifica. O delegado informou que foram colhidas amostras das peças para serem analisados pelos peritos. No local também foram encontrados vestígios de corpo humano. "Nós ainda não sabemos o destino que foi dado a esse corpo, mas agora nós temos a certeza material de que se trata de um homicídio seguido de ocultação de cadáver praticado pela ex-esposa, Fatima, junto com o ex-caseiro, Vagner", explicou o delegado. Roupas de Edmar foram encontradas em uma cova rasa. Polícia Civil (PC-PR) Segundo o delegado, durante o seu depoimento, Vagner chegou a confessar que matou Edmar a mando de Fatima. Ela também foi interrogada, mas preferiu permanecer em silêncio e optou por só se manifestar em juízo. Saiba mais abaixo. A motivação do crime ainda não foi esclarecida. Diante das provas colhidas no decorrer das investigações, o delegado explicou que Vagner e Fatima serão indiciados por homicídio e ocultação de cadáver. O envolvimento de Juliana no caso ainda não foi esclarecido mas, conforme o delegado Oliveira, a participação dela ainda não foi descartada. Fatima e Juliana estão na cadeia pública de Astorga, enquanto Vagner está na cadeia pública de Marialva. Em nota ao g1, o advogado Sergio Mantovani, que atua na defesa de Vagner, disse que ainda não vai se manifestar sobre a situação dele, pois vai aguardar a conclusão do inquérito. Ele também trabalha na defesa de Juliana, e informou que a cliente "não apresenta qualquer envolvimento com os fatos investigados" e vai pedir a soltura dela. "Para ambos, o compromisso da defesa é garantir que o devido processo legal seja cumprido, preservando os direitos fundamentais de todas as partes envolvidas. Reafirmamos a importância do respeito à presunção de inocência, ao amplo direito de defesa e ao contraditório, são princípios essenciais ao Estado Democrático de Direito", disse Mantovani em nota. O advogado Douglas Rocha, que representa a defesa de Fátima, disse ao g1 que contesta a narrativa "que tenta responsabilizar a Fatima sem provas". "Estamos apurando porque seu nome foi indevidamente mencionado por terceiro que supostamente teria confessado a prática do delito. Reforçamos que o princípio da presunção de inocência e o devido processo legal são princípios basilares no nosso ordenamento jurídico e que precisam ser respeitados. Vamos continuar lutando pela revogação da prisão, que representa uma grave injustiça e uma violação explícita aos direitos dessa senhora", disse o advogado. LEIA TAMBÉM: Investigação: Adolescente usa documento de professor para criar conta em site de apostas BR-376: Engavetamento mata caminhoneiro e deixa dois feridos, em Ponta Grossa Veja quais: Três rodovias do Paraná terão trechos duplicados Denúncias anônimas e inconsistências nas informações levaram as primeiras suspeitas contra a esposa de Edmar O delegado Aldair informou que o boletim de desaparecimento de Edmar foi registrado pela esposa dele no dia 3 janeiro. A principio, ela disse que ele havia saído de casa no dia anterior e não voltou mais para casa. "Depois realizamos diligências, mas nos primeiros momentos nós levantamos suspeitas sobre a versão que era contada pela esposa dele, como horários e itinerários que não batiam", informou Aldair. Durante as investigações, a polícia também recebeu denúncias anônimas que diziam que Fatima havia sido a mandante do assassinato de Edmar e que houve a participação de um casal de caseiros que havia trabalhado para eles na propriedade. Depois, um testemunho protegido confirmou as informações denunciadas, segundo o delegado. Aldair informou que foram ouvidas 20 pessoas no inquérito. A investigação também reuniu laudos periciais e dados de celulares dos investigados. Com a junção das provas e denúncias, o delegado optou por pedir a prisão temporária de Fatima, Vagner e Juliana, por 30 dias, em março. Como a investigação continuou, o prazo da prisão foi prorrogado. Delegacia de Marialva Deppen-PR Agricultor foi enganado pela esposa para sair de casa e ser pego em emboscada, diz polícia De acordo com o delegado, quando Vagner foi interrogado, ele primeiramente negou o envolvimento no crime. Contudo, quando algumas provas foram apresentadas, ele confessou o assassinado de Edmar. Ele contou à polícia que a morte do agricultor foi idealizada por Fatima. Segundo Vagner, ela atraiu Edmar para fora de casa, alegando que precisavam buscar lavagem para os porcos que criavam. Conforme o depoimento do ex-caseiro, Fatima escondeu uma arma próximo a uma cerca, para que ele pegasse e fosse até o ponto de encontro combinado entre eles. Vagner disse que parou o carro em uma estrada e levantou o capô para fingir que o veículo estava quebrado. "Ele disse que a Fatima e a vitima estavam retornado pra casa, quando pararam o carro para dar ajuda e foi nesse momento que o Vagner deu dois tiros na cabeça de Edmar. Ele colocou a vitima na caçamba do carro da Fatima e foram até a cova onde ficou o corpo dele no inicio", contou o delegado. Policia acredita que Fatima desenterrou Edmar, o esquartejou e o jogou em um rio O delegado informou que no depoimento de Vagner, o suspeito contou que durante buscas na casa de Fatima, em fevereiro, ela ficou com medo de que a polícia encontrasse o corpo de Edmar ou que fosse denunciada. Por isso, Vagner contou a polícia que ela foi até onde o corpo do agricultor estava enterrado, tirou ele da cova e o esquartejou. Depois ela colocou os pedaços dele em um tambor e jogou em alguns dos rios da região. À polícia, Vagner disse que não participou dessa fase. De acordo com o delegado, existe a suspeita de que outra pessoa, ainda desconhecida, tenha participado desse momento com Fatima. O caso continua sendo investigado pela Policia Civil (PC-PR). VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Norte e Noroeste.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2025/04/30/mulher-e-suspeita-de-encomendar-a-morte-do-marido-e-depois-registrar-desaparecimento-dele-no-parana-segundo-a-policia.ghtml


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